![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6VZBtsgWO9smfn22IV3O4WsOGkXHpk03ZCEPsuK1WC0Xs6twlaRPU6J1YuyTbIZRf1kkebVcpoi4GZkkQLdJItw9VwjU_-3D8mooA3LPi3RlJyQkPhJOM_QgJNg2YRfrdNKK4ZlbdX7OW/s400/cachoeira_invertida.jpg)
Tudo muda de novo
tudo novo todo dia
do mar à montanha
da noite pro dia
Embarco sem barco
e me envergo de horizontes
vôo ainda baixo
pra beber de todas as fontes
Num dia um grito
noutro sorrisos
num dia rabisco
no outro concretizo
Numa noite o interminável
nas manhãs o efêmero, o eterno
Num dia o impossível inadiável
no outro o adeus, num sorriso terno
Tudo muda e gira e contorna,
E todo suor e alegria plantada
Na inspiração vem e retorna
na gratidão à todo dia alcançada
E quero tantas mudanças
quanto mais mudo, mais muda
e quanto mais sou muda, mais mudo
mais falo... sem precisar dizer
E me calo, me calo, e sorrio barulhento no olhos
e à todo dia me lavo
me levo
leve que vou a fluir feito a transparência do rio
leve que vou feito as asas da borboleta azul
leve que vôo feito o invisível poder de beija-flor em ação
leve que sou todo cercado desta conspirAção
Desta benção, sintonia e brasilidade...
E Rio,
porque é o melhor que pode(re)mos ser...
[mas disso, jamais saberemos vivos]