domingo, 20 de abril de 2008

Passageiros Passageiros



















Será mesmo assim?

Por todos os dias

De nossas vidas

Haveremos de cruzar o caminho

De pessoas nunca dantes vistas?

E mesmo que se freqüente

Os mesmo lugares

Jamais serão as mesmas pessoas

Nunca serão os mesmos ares

E mesmo que alguns rostos e cheiros

Possamos enfim reconhecer

Não seremos nós mesmos, não mais

Seremos outrem

Com o mundo inteiro

Para nos redesconhecer...

Rio de Janeiro

Dissolvidos no coletivo

Passageiros passageiros

Desafio Cotidiano



















Às vezes parece impossível

Aprender sobre a vida

Através de duas almas

Que aparentemente ainda não sabem

Por assim dizer, viver

Todavia, melhorar

deve ser o melhor

modo de aprender, de tudo

e por tudo que fora realizado

porque, é profundo

quando ensinar

é o verdadeiro aprendizado



Infinito triangular




































Tenho tentado incessantemente encontrar o eixo que me guie a meus sonhos mais vivos. E como numa gangorra de três lados fico confuso no equilíbrio estranho de onde sempre sou empurrado. Um telefonema, ou um encontro ao acaso, um simples pensamento pode ser capaz de abalar esta frágil homeostase. A procura eu encontrei como aquilo que sempre havia procurado, e na insatisfação de desconhecer os pesos do que sempre estive atentamente a equilibrar, sinto-me ora surdo, ora cego, ora mudo; ou de tão sensível, insensibilizado. Neste triangulo de sonhos sou somente o incompreensível de um poema rasgado, uma folha de papel esfarelada nas águas do mar, uma caneta que escreve nas nuvens e deixa o vento levar todas as palavras... Na intensidade de um coração disritmado, sempre me perco dos sentidos se por mim mesmo não estou sendo procurado. E o infinito que esteve sempre a meu lado vai pouco a pouco se desintegrando. Precisei de um espelho pra entender a incerteza do certo, a imprecisão no reconhecimento do que estava de fato errado. E meu triangulo de duvidas, quando enfim encaixado, arredondou-se em novo infinito, finalmente equilibrado em seu próprio mistério libertário.